Ela se foi no feitiço da lua..
quarta-feira, 20 de março de 2013
Menina dos olhos distantes
"Ela é a menina dos olhos distantes e de um sorriso tão frágil quantos seus pulsos finos. Não importa o modo como esteja vestida, vai sempre parecer algo meio menina, meio mulher, que nunca está onde deveria estar. Capaz de tudo, inclusive de chorar no carnaval, sambar na igreja, e ser ácida no natal. O que me intriga nela não é seu corpo magro nem seu cabelo ora escorrido ora revolto, muito menos seu sorriso bonito, que de uns tempos pra cá anda escondido. O que me intriga nela são os olhos, que não importa onde esteja, nunca a acompanham. Estão imersos em uma solidão grande demais pra ser interrompida, ou só sonham com estar em outro lugar, outro alguém, não sei ao certo. São olhos profundos demais pra que se leia sem se afogar neles. E no mar dela não tem ponte, porto, onda fraca quebrando em areia branca, não tem só molhar o pé. Ou se mergulha de vez, em alto mar, ou se contenta em olhar."
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Saudade
A saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e eu no quarto, mas sabíamos que estávamos lá. Você podia ir para praia e eu pra faculdade, mas sabíamos que estávamos lá. Você podia ficar o dia sem me ver, mas sabíamos que amanhã seria diferente. Contudo, quando o amor torna-se menor, ou algo não deixa que esse amor siga, ao outro sobra a saudade que ninguém sabe como deter.
Não saber que ele continua fungando em locais frio, não saber se ele continua sem fazer barba para mudar o visual, não saber se ele concertou o dente quebrado, não saber se ele arrumou emprego, não saber se ele continua vendo o mesmo desenho fútil de sempre, não saber se ele ainda vai aos mesmos lugares andar de skate, não saber sobre suas companhias, suas vontades, seu dia a dia, não saber se ele ainda dança daquele jeito brega, se ainda canta mal, se sorri lindamente, se ele ainda ama, se ele ainda chora, se ele ainda se importa, se ele ainda se acha por causa do seu iphone, se ele ainda prefere budwaiser enquanto eu queria brahma, se ele emagreceu ou engordou mais, se ele ainda lembra de mim. Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram compridos, não saber como encontrar tarefas que evite o pensamento nele, não saber como frear as lágrimas diante daquelas músicas, não saber como vencer a dor de um silêncio. Não saber como preencher o espaço que ele deixou. Saudade é querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo não. É querer saber que ele está feliz, e perguntar a todos que o vê, é querer saber se ele está mais bonito e se ainda se acha. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda sim doer. Saudade é isso que eu senti enquanto escrevi o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler..
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e eu no quarto, mas sabíamos que estávamos lá. Você podia ir para praia e eu pra faculdade, mas sabíamos que estávamos lá. Você podia ficar o dia sem me ver, mas sabíamos que amanhã seria diferente. Contudo, quando o amor torna-se menor, ou algo não deixa que esse amor siga, ao outro sobra a saudade que ninguém sabe como deter.
Não saber que ele continua fungando em locais frio, não saber se ele continua sem fazer barba para mudar o visual, não saber se ele concertou o dente quebrado, não saber se ele arrumou emprego, não saber se ele continua vendo o mesmo desenho fútil de sempre, não saber se ele ainda vai aos mesmos lugares andar de skate, não saber sobre suas companhias, suas vontades, seu dia a dia, não saber se ele ainda dança daquele jeito brega, se ainda canta mal, se sorri lindamente, se ele ainda ama, se ele ainda chora, se ele ainda se importa, se ele ainda se acha por causa do seu iphone, se ele ainda prefere budwaiser enquanto eu queria brahma, se ele emagreceu ou engordou mais, se ele ainda lembra de mim. Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram compridos, não saber como encontrar tarefas que evite o pensamento nele, não saber como frear as lágrimas diante daquelas músicas, não saber como vencer a dor de um silêncio. Não saber como preencher o espaço que ele deixou. Saudade é querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo não. É querer saber que ele está feliz, e perguntar a todos que o vê, é querer saber se ele está mais bonito e se ainda se acha. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda sim doer. Saudade é isso que eu senti enquanto escrevi o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler..
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Não volte.
E dói levantar todos os dias com o coração apertado, cheio de saudades, pronto pra explodir. E dói mais ainda ter que levantar com um sorriso no rosto e desejar bom dia, quando a vontade que se tem é de sumir, perde a consciência, e esquecer todas as lembranças boas e ruins.
Dói passar o dia sem sua voz, sem seu carinho, sem você. Dói a decepção de olhar o celular e perceber que a msg que chegou não é sua. Dói a expectativa não correspondida. Dói minhas lembranças de nós dois, dói a saudade, dói o orgulho, dói dizer não, dói levantar a cabeça e continuar.
Eu queria que você soubesse que não é frieza, não é arrogância, não é que eu esteja feliz. Mesmo que eu não faça as coisas que eu quero, eu sei que estou fazendo o melhor pra mim. Quem não merece meus sentimentos, merece tampouco minha palavras. Não é que eu não sinta, eu apenas escondo, com a esperança de um dia sumir de verdade.
Então peço que vá embora, e me deixe aqui. Um pouco sozinha. Preciso reorganizar meus pensamentos, minhas vontades, meus desejos, meu sentimentos, minhas lembranças e minha vida. Vá embora, porque no final tudo se resume em: você. Vá, e me deixe aqui reparando o estrago que você fez. Vá, e não volte. Não há motivos para isso, nada vai mudar, você não vai concertar nada. Vá, e deixa que eu deixe essa dor ir também, leve com você apenas a culpa de toda a dor que eu sinto hoje. Não guarde lembranças, pois nem isso você merece ter de mim. Vá, para que o tempo apague toda a tristeza que eu sinto, e para que a solidão possa me fazer a companhia que você não faz. Vá, para que eu possa deixar você ir também. Não volte!
Dói passar o dia sem sua voz, sem seu carinho, sem você. Dói a decepção de olhar o celular e perceber que a msg que chegou não é sua. Dói a expectativa não correspondida. Dói minhas lembranças de nós dois, dói a saudade, dói o orgulho, dói dizer não, dói levantar a cabeça e continuar.
Eu queria que você soubesse que não é frieza, não é arrogância, não é que eu esteja feliz. Mesmo que eu não faça as coisas que eu quero, eu sei que estou fazendo o melhor pra mim. Quem não merece meus sentimentos, merece tampouco minha palavras. Não é que eu não sinta, eu apenas escondo, com a esperança de um dia sumir de verdade.
Então peço que vá embora, e me deixe aqui. Um pouco sozinha. Preciso reorganizar meus pensamentos, minhas vontades, meus desejos, meu sentimentos, minhas lembranças e minha vida. Vá embora, porque no final tudo se resume em: você. Vá, e me deixe aqui reparando o estrago que você fez. Vá, e não volte. Não há motivos para isso, nada vai mudar, você não vai concertar nada. Vá, e deixa que eu deixe essa dor ir também, leve com você apenas a culpa de toda a dor que eu sinto hoje. Não guarde lembranças, pois nem isso você merece ter de mim. Vá, para que o tempo apague toda a tristeza que eu sinto, e para que a solidão possa me fazer a companhia que você não faz. Vá, para que eu possa deixar você ir também. Não volte!
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Poderíamos...
Poderíamos estar juntos, olhar nos olhos do outro, poderíamos estar nos amando, seus lábios nos meus, seus dedos quentes deslizando sobre meu rosto. Poderíamos estar sorrindo, conversando, desabafando. Poderíamos estar nos entregando ao desejo incontrolável de quando nossos corpos estavam juntos, poderíamos estar fazendo planos, sonhando e nos vendo daqui a uns 50 anos. Eu poderia estar fazendo sua pipoca de panela e estaríamos juntos vendo um filme em 3D, e você poderia estar rindo dos meus sustos e das vezes que eu virava pro lado pra algo não esbarrar em mim. Poderíamos estar embaçando o vidro do carro e ser pego pelo guardinha ou poderíamos estar discutindo sobre alguma coisa boba que no final tudo acabava em beijos, abraços e carinhos. Você poderia estar pra mim, e eu estar somente pra você. Poderíamos ser um só.. poderia ser pra sempre. São tantas coisas que poderiam ter acontecido, meu único desejo é ter você aqui, não apenas em lembranças, mas real. Carne.Osso.Sentimento.Amor. Poderíamos ter sido inteiros, e não apenas metades..
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Morto e enterrado
Depois de anos, portas fechadas e fechaduras trocadas. Amizade ainda é amor. Pó ainda faz espirrar. Desconhecidos ainda se cumprimentam. O amor, que já tinha virado tanta coisa nessa confusão toda, enfim virou nojo. Estômago embrulhado. Morreu do pior ou melhor jeito que um amor pode morrer: Definitivo, morto e enterrado.
domingo, 10 de junho de 2012
Ah o amor, foi apenas uma mentira.
E mais uma vez eu vejo a vida me tirando o chão, vejo as oportunidades escorregarem por entre meus dedos e não posso fazer nada. Apenas assisto o fim, como uma telespectadora de minha própria vida. Sentada sem rumo na cama, olhando para o espelho, vendo minha vida passar como numa tela de cinema, apenas assistindo meus fracassos e minhas derrotas, pois todas as conquistas foram falsas, toda a dedicação não serviu pra nada. Não me resta mais nada, a não ser esperar como sempre, esperar o tempo passar e a dor ir junto com ele. Porque o amor, ah o amor, foi apenas uma mentira.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Tudo vai dar certo sempre
Hoje, eu consigo olhar pro meu passado como uma espectadora. E apontar cada detalhe e cada erro e acerto e cada instante e sensação e fuga. As projeções que fiz, as dependências que criei, as compulsões que tive, hoje são um presente de maturidade e otimismo. Porque comecei a atrair pessoas, histórias e assuntos mais leves, saudáveis. E criei pra mim uma rotina de paz, e deixei de admirar muita gente e a apreciar outras. E vivi muita solidão, muita solitude, muito aconchego também. Hoje sou tão grata por tudo que doeu, por tudo que sangrou, pelo sono perdido. Retomei o controle da minha vida e estou sendo amada de uma maneira que me deixa mais segura. Perdi meus medos, sobrou apenas a minha fobia de altura. E, por menos que eu tenha escrito, a poesia sempre esteve em mim. Brindo com vocês esta fase nova em que, finalmente, conheci a tranqüilidade. Se eu tinha esquecido desta frase, hoje eu posso repetir com o coração cheio de certeza: TUDO VAI DAR CERTO SEMPRE, porque a vida se encarrega das coisas e ela nos compensa com ela mesma..
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