A saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e eu no quarto, mas sabíamos que estávamos lá. Você podia ir para praia e eu pra faculdade, mas sabíamos que estávamos lá. Você podia ficar o dia sem me ver, mas sabíamos que amanhã seria diferente. Contudo, quando o amor torna-se menor, ou algo não deixa que esse amor siga, ao outro sobra a saudade que ninguém sabe como deter.
Não saber que ele continua fungando em locais frio, não saber se ele continua sem fazer barba para mudar o visual, não saber se ele concertou o dente quebrado, não saber se ele arrumou emprego, não saber se ele continua vendo o mesmo desenho fútil de sempre, não saber se ele ainda vai aos mesmos lugares andar de skate, não saber sobre suas companhias, suas vontades, seu dia a dia, não saber se ele ainda dança daquele jeito brega, se ainda canta mal, se sorri lindamente, se ele ainda ama, se ele ainda chora, se ele ainda se importa, se ele ainda se acha por causa do seu iphone, se ele ainda prefere budwaiser enquanto eu queria brahma, se ele emagreceu ou engordou mais, se ele ainda lembra de mim. Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram compridos, não saber como encontrar tarefas que evite o pensamento nele, não saber como frear as lágrimas diante daquelas músicas, não saber como vencer a dor de um silêncio. Não saber como preencher o espaço que ele deixou. Saudade é querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo não. É querer saber que ele está feliz, e perguntar a todos que o vê, é querer saber se ele está mais bonito e se ainda se acha. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda sim doer. Saudade é isso que eu senti enquanto escrevi o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler..
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